MEDOS
Medo do amor
quando tudo é fome.
E onde tudo é tão pouco,
medo de a carícia
despertar insuspeitos infernos.
Medo de sermos
só eu e tu
a humanidade.
E morrermos
de tanta eternidade.
Mia Couto, Tradutor de Chuvas, Caminho, 2011
domingo, 3 de abril de 2011
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