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| Pablo Picasso, A Espera |
pesadas, fundas,
esperarei por ti
até que todas as coisas sejam mudas.
Até que uma pedra irrompa
e floresça.
Até que um pássaro me saia da garganta
e no silêncio desapareça.
Eugénio de Andrade, As Mãos e os Frutos
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2 comentários:
Por vezes espera-se demais, e depois, entre todo aquele silêncio e solidão que crescem de momento a momento, irrompe um pensamento, uma visão de que simplesmente esse alguém não vai voltar. Uma realidade incontornável que por vezes demoramos de mais a perceber.
Porque de uma pedra nasce uma flor, de um silêncio nasce um grito, e num segundo tudo é absorvido até ao último resquício de horas que em tempos não foram de espera, mas sim de sonhos e alegria.
poema belíssimo
A tua emoção nasceu flor, nestas palavras que disseste. bjinhos.
Patrícia
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