«Sair assobiando, por sinal de alegria, assobiar na mata escura para espantar o medo, o assobio aprovando coisa boa, a função desta musicalidade básica é múltipla. Ondjaki – o novo fenómeno da literatura angolana – toma o assobio como ponto de partida de uma novela que incorpora, de uma maneira fugaz e intensa (como um assobio), as determinantes da condição humana: O amor, a morte, o fascínio pela arte, o humor, o mistério.
É a estória de indivíduos tangidos pelo raio do desconhecido. O assobiador aparece de repente »ao mesmo tempo que as chuvas compridas e silenciosas daquela aldeia«, transtorna as cabeças e almas das pessoas pela sua simples melodia assobiada blasfêmciamente numa missa de domingo e desaparece »vigorosolentamente a caminhar, como o fazem aqueles que estão habituados a fazê-lo.«
O tom do assobio mexe com as pessoas (e também com os animais), desperta sentimentos, desejos, ansiedades, coragens, e faz as coisas acontecer neste aglomerado de carácteres levemente esquisitos, que constitui »a aldeia« desta novela: O padre, dono da igreja e sempre apto a tomar um gole, KoTimbalo, o coveiro desempregado há anos, Dissoxi, a dona do sal, e KaLua, que anda sempre equipado de papel higiênico, porque gostava de fazer as suas »necessidades« ao ar livre.
Narrado como um filme montado em »short cuts«, O Assobiador fascina por uma escrita calma, poética e cuidadosamente trabalhada. É uma invenção, um sonho, uma alucinação serena sobre as grandes potencialidades das pequenas coisas encobertas em cada ser humano.»
É a estória de indivíduos tangidos pelo raio do desconhecido. O assobiador aparece de repente »ao mesmo tempo que as chuvas compridas e silenciosas daquela aldeia«, transtorna as cabeças e almas das pessoas pela sua simples melodia assobiada blasfêmciamente numa missa de domingo e desaparece »vigorosolentamente a caminhar, como o fazem aqueles que estão habituados a fazê-lo.«
O tom do assobio mexe com as pessoas (e também com os animais), desperta sentimentos, desejos, ansiedades, coragens, e faz as coisas acontecer neste aglomerado de carácteres levemente esquisitos, que constitui »a aldeia« desta novela: O padre, dono da igreja e sempre apto a tomar um gole, KoTimbalo, o coveiro desempregado há anos, Dissoxi, a dona do sal, e KaLua, que anda sempre equipado de papel higiênico, porque gostava de fazer as suas »necessidades« ao ar livre.
Narrado como um filme montado em »short cuts«, O Assobiador fascina por uma escrita calma, poética e cuidadosamente trabalhada. É uma invenção, um sonho, uma alucinação serena sobre as grandes potencialidades das pequenas coisas encobertas em cada ser humano.»
2 comentários:
Ana Bela Ana,
adorei ver o Andrew Bird neste filme. Ando tão feliz como tu com as músicas dele (que já considero minhas...ele que me desculpe!). É realmente fabuloso aliar o assobio a um instrumento tão nobre como o violino...só alguém com muita música dentro poderia conseguir aliá-los sem qualquer medo. É um pouco injusto chamar-lhe o assobiador (apenas!)pis acho que ele é a própria música...Noto bem isso na maioria das músicas do cd.Noto um domínio absoluto dele sobre as músicas que acabam por engoli-lo com a grandeza que ele lhes confere. Fiquei muito contente com o teu Ondjaki e o assobiador pois todos eles são superiores na capacidade de fazer sonhar, na sensibilidade excêntrica com que absorvem a essência do tudo (que sem eles parece nada).
Sem ti não saberia o que era a felicdade completa, linda amiga.Estou mortinha que o Tempo esteja`ao teu serviço e disposição para falarmos nisto tudo. Mil bjs
Patrícia
Doce amiguinha:
quando leres o assobiador de Ondjaki vais ver que não é nada pouco atribuir-lhe o cognome de Assobiador, sendo este assobiador aquele que cria uma música tão bela, tão bela que põe toda uma população fora de si!!!! Assim era o assobiador de ondjaki que com o seu singelo assobio criava a música mais bela do universo!!
Muitos beijos e obrigada pelos mimos!! Eu é que nunca escutaria tanta beleza se não te conhecesse! Tu és a minha "assobiadora"
Muitos beijos
Anabela
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