AMOR À VISTA, Fernando Echevarría
Entras como um punhal até à minha vida
Rasgas de estrelas e de sal
a carne da ferida.
Instala-te nas minas,
Dinamita e devora.
Porque quem assassinas
é um monstro de lágrimas que adora.
Dá-me um beijo e a morte.
Anda. Avança.
Deixa lá a esperança
para quem a suporte.
Mas o mar e os montes...
isso, sim,
Não te amedrontes.
atira-os sobre mim.
atira-os de espada.
Porque ficas vencida
ou desta minha vida
não fica nada.
Mar e montes teus beijos, meu amor,
sobre os meus férreos dentes.
Mar e montes esperados com terror
de que te ausentes.
Mar e beijos teus beijos meu amor!...
Entras como um punhal até à minha vida
Rasgas de estrelas e de sal
a carne da ferida.
Instala-te nas minas,
Dinamita e devora.
Porque quem assassinas
é um monstro de lágrimas que adora.
Dá-me um beijo e a morte.
Anda. Avança.
Deixa lá a esperança
para quem a suporte.
Mas o mar e os montes...
isso, sim,
Não te amedrontes.
atira-os sobre mim.
atira-os de espada.
Porque ficas vencida
ou desta minha vida
não fica nada.
Mar e montes teus beijos, meu amor,
sobre os meus férreos dentes.
Mar e montes esperados com terror
de que te ausentes.
Mar e beijos teus beijos meu amor!...
1 comentário:
Anabela,
o quadro do beijo é muito intenso...tal como o é a união do mar com o monte: perfeita conciliação de cores, fragrâncias, impressões tácteis ou estados de alma que ambos despertam.Esse beijo devorador, acompanhado pelo desejo físico (ou metafísico!) espelha a animalidade do ser humano quando o seu único desejo é o outro. Gostei da tua escolha!
Patrícia
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