segunda-feira, 5 de julho de 2010

Apaziguava-se com o tapete liso e morno do mar a ameaça das  nuvens. E eu identificava-me com aquele fim do mundo em que parecia reconhecer toda a minha vida debaixo da lenta maré. Foi nesse instante que me apercebi que qualquer lugar estranho era eu. Que senti que me transformava no real em que assentava a minha atenção extrema. Que tudo absorvia em nostalgia e transformava nos meus sentidos como se já o tivesse vivido há muitos anos, quando a memória era ainda espuma. Ou num tempo que ainda não tinha chegado às minhas mãos. Era Setembro, quando eu nasci.

2 comentários:

Anónimo disse...

Amiguinha,

que tapete de veludo tão belo! Que palavras intensas colocas neste texto tão teu, tão sobre ti! E essas nostalgias que descreves, e que me são tão próximas também, prenunciam um qualquer Outono próximo… ! Curioso que só agora me apercebo que nasceste quase quase no Outono!Pois, pensando bem, só podias ser um poema de Outono!
Adorei a foto que escolheste! Adorei o texto de memórias, pequenas grandes memórias….
Obrigada por tanta palavra amiga!
Beijos para ti, amiga do coração

Anabela disse...

Amiguinha,

que tapete de veludo tão belo! Que palavras intensas colocas neste texto tão teu, tão sobre ti! E essas nostalgias que descreves, e que me são tão próximas também, prenunciam um qualquer Outono próximo… ! Curioso que só agora me apercebo que nasceste quase quase no Outono!Pois, pensando bem, só podias ser um poema de Outono!
Adorei a foto que escolheste! Adorei o texto de memórias, pequenas grandes memórias….
Obrigada por tanta palavra amiga!
Beijos para ti, amiga do coração