Procurei um poema do Zé Alexandre. Lembrei-me deste "Chão Mãe" pois na altura que o li o poema deixou-me tão feliz por ser tão simples e pelar às raízes, ao nosso estado bruto. No fundo, somos todos poeira! Poeira de estrelas! Os átomos, protões, electrões, gluões, quarks, são exactamente os mesmos que constituem as estrelas! Não é impressionante?
Quando a luz me foge
e a dor me sobra,
lavo-me nas lágrimas soltas,
corridas do espírito,
caídas no chão.
“Chão mãe”, vaso imenso,
de tudo cheio,
onde a vida fica,
em espera final.
Se o sofrimento alcança a resignação
e o mutismo,
toma de mim a indiferença,
respiro o cheiro da terra,
trago-a para perto,
chamo-lhe casa
e lá pernoito como peregrino,
como mendigo.
e a dor me sobra,
lavo-me nas lágrimas soltas,
corridas do espírito,
caídas no chão.
“Chão mãe”, vaso imenso,
de tudo cheio,
onde a vida fica,
em espera final.
Se o sofrimento alcança a resignação
e o mutismo,
toma de mim a indiferença,
respiro o cheiro da terra,
trago-a para perto,
chamo-lhe casa
e lá pernoito como peregrino,
como mendigo.
1 comentário:
Graças a ti chamo as estrelas cada vez que piso o pó da terra. Linda amiga!
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