Paul Nash, Winter Sea
Sobre o mar
Este é um poema quase tão belo como quem o criou. Surgiu do espaço-nada, numa folha em branco manuscrita e dobrada com ternura, a partir de mim. Quando não acredito no ser humano, leio-o para sentir um amor que é só meu. Espero lê-lo sempre com a mesma esperança e vaidade.
Paul Nash é um surrealista inglês com grandes pinturas que retratam sobretudo as duas grandes guerras. Esta ilustra o mar de inverno, distante e misterioso na sua frieza.
Sobre o mar
Sobre o mar imenso, o voo das gaivotas.
Sabe que te amo.
Mais longe, os ventos das
Tempestades sentem por mim
O que sinto por ti.
Mais perto, a brisa dos ventos
Acaricia-te a face
Como se fossem as minhas mãos.
Junto a ti, o meu olhar beija o teu olhar e na areia
Encontro beijos para te cobrir o corpo.
Sobre o mar que finda na praia,
Lá andam as gaivotas guardando o segredo
Lá está a força dos ventos e as suas brisas,
Lá vêm as minhas mãos húmidas e
Os beijos guardados na areia salgada.
Tudo por causa de ti.
HPF
Este é um poema quase tão belo como quem o criou. Surgiu do espaço-nada, numa folha em branco manuscrita e dobrada com ternura, a partir de mim. Quando não acredito no ser humano, leio-o para sentir um amor que é só meu. Espero lê-lo sempre com a mesma esperança e vaidade.
Paul Nash é um surrealista inglês com grandes pinturas que retratam sobretudo as duas grandes guerras. Esta ilustra o mar de inverno, distante e misterioso na sua frieza.
1 comentário:
Querida amiga:
A escolha do quadro é perfeita!
Adorei ver este Mar de Inverno, tão frio nas tuas palavras, ao lado de um poema tão explosivo! O poema é belo e possante. Como se todo o amor se encontrasse em potência armazenado num qualquer ponto de elevada densidade! (deixa-me usar estes termos da minha física! É assim que descrevemos o nascimento do universo: a partir de um ponto reduzidíssimo mas tão denso, tão repleto de energia!). Senti a robustez de todos os elementos da natureza que se conjugaram para enaltecer o amor. Magnífico, amiguinha.Que bom partilhares a magia deste poema!
“Ainda o que nos vale são as palavras para termos a que nos agarrar” (Raul Brandão, Humus)
Anabela
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