terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Aos Amigos - Herberto Helder


Amo devagar os amigos que são tristes com cinco dedos de cada lado.
Os amigos que enlouquecem e estão sentados, fechando os olhos,
com os livros atrás a arder para toda a eternidade.
Não os chamo, e eles voltam-se profundamente
dentro do fogo.
- Temos um talento doloroso e obscuro.
construímos um lugar de silêncio.
De paixão.




Para ti querida Anabela,

este poema que ajudou a criar uma imagem poderosa da tarde cheia de livros e amizade que hoje passámos juntas. Que as palavras de Herberto Helder sejam verdadeiros encantamentos para ti como o são para mim, sempre que as leio e sinto que "o poema cresce tomando tudo em seu regaço".

Sem comentários: