sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

2011 ESTÁ QUASE A CHEGAR


O Tempo, hoje mais do que noutro dia, coisificou-se e todos esperamos que se estilhace, se desfaça numa espécie de poeira vasta para o levarmos com muito jeitinho para o lixo.
No buraco que ele ocupava nas nossas vidas, repentinamente para além da meia-noite, surgirá um Tempo limpo e novo, sem mágoas, sem qualquer experiência, sem hábitos rotineiros, como se não nos reconhecesse do lugar dele para o nosso lugar. É por isso preciso tratá-lo bem, causar boa impressão para o apertarmos na mão quando quisermos e o levarmos connosco até à nossa velhice.
Suspiro por beijá-lo assim que chegue, cheio do fogo-de-artifício por detrás dele, a empurrá-lo com cor a toda a força para os nossos braços.

1 comentário:

Anabela disse...

Doçura linda!!! Tão linda!!!

Adorei a ideia de tornar o tempo algo material... uma coisa!!! Esta ideia tem inúmeras vantagens pois atra´vés dela é possível destruí-lo, embelezá-lo, aumentá-lo....enfim... podemos tratá-lo como se de um objecto se tratasse!!!! Pegar nos piores dias da nossa vida, deitá-los ao lixo e esquecer!!! Que ideia magnífica!!!

Ou pelo contrário, ficar apenas com os dias bons e acariciá-los!!! Adorei ainda a imagem da ampulheta a lembrar-nos da inexorabilidade do tempo!!!!

E claro mais um reparo: a tua escrita é SURPREENDENTE!!!! A forma como pegas num tema e o volteias deixa-me sempre deslumbrada!!! ès assim amiguinha do coração: CRIATIVA!!!

MUitos beijinhosssss