sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Soneto do Cativo

SONETO DO CATIVO, David Mourão Ferreira


Se é sem dúvida Amor esta explosão
de tantas sensações contraditórias;
a sórdida mistura das memórias
tão longe da verdade e da invenção;

o espelho deformante; a profusão
de frases insensatas, incensórias;
a cúmplice partilha nas histórias
do que outros dirão ou não dirão;

se é sem dúvida Amor a cobardia
de buscar nos lençóis a mais sombria
razão de encantamento e de desprezo;

não há dúvida, Amor, que te não fujo
e que, por ti, tão cego, surdo e sujo,
tenho vivido eternamente preso!

2 comentários:

Anónimo disse...

Que lindas cores de terra as deste quadro que escolheste...O soneto do cativo e o David M. F. serão sempre teus ou pelo menos, para mim, quando me deparo com eles, vejo-te imediatamente ao lado, em trio, com os olhos cheios de sorrisos. Mil bjs
pat

Anabela disse...

Doçura

Sim, minha grande amiga! O David será sempre meu! Assim o sinto! Quem me dera ter tido o privilégo de o conhecer!
Obrigada pelo serão magnífico repleto de sonhos e emoções! Adoro a tua família! Adoro-te ainda mais porque os partilhaste uma vez mais comigo!
Continuas a sera minha escritora viva favorita!!!!!! Vagueando pelo espaço-tempo....
Milhões de beijos