domingo, 21 de março de 2010
Se tanto me dói que as coisas passem - Sophia de Mello Breyner Andresen
Se tanto me dói que as coisas passem
É porque cada instante em mim foi vivo
Na busca de um bem definitivo
Em que as coisas de Amor se eternizassem
Sophia de Mello Breyner Andresen
Uma sugestão do Hélder "neste dia de palavras belas":
Não te Arruínes, Alma, Enriquece
Centro da minha terra pecadora,
alma gasta da própria rebeldia,
porque tremes lá dentro se por fora
vais caiando as paredes de alegria?
Para quê tanto luxo na morada
arruinada, arrendada a curto prazo?
Herdam de ti os vermes? Na jornada
do corpo te consomes ao acaso?
Não te arruínes, alma, enriquece:
vende as horas de escória e desperdício
e compra a eternidade que mereces,
sem piedade do servo ao teu serviço.
Devora a Morte e o que de nós terá,
que morta a Morte nada morrerá.
William Shakespeare, in "Sonetos"
Tradução de Carlos de Oliveira
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2 comentários:
Um outro poema, neste dia de palavras belas:
Não te Arruínes, Alma, Enriquece
Centro da minha terra pecadora,
alma gasta da própria rebeldia,
porque tremes lá dentro se por fora
vais caiando as paredes de alegria?
Para quê tanto luxo na morada
arruinada, arrendada a curto prazo?
Herdam de ti os vermes? Na jornada
do corpo te consomes ao acaso?
Não te arruínes, alma, enriquece:
vende as horas de escória e desperdício
e compra a eternidade que mereces,
sem piedade do servo ao teu serviço.
Devora a Morte e o que de nós terá,
que morta a Morte nada morrerá.
William Shakespeare, in "Sonetos"
Tradução de Carlos de Oliveira
Parabéns pelo blog!
Sou uma leitora apaixonada de Sophia.
Não pude deixar notar que na imagem de seu navbar há a inscrição "A espuma dos dias". O que você achou dessa obra de Boris Vian?
Um abraço,
Vanessa David.
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