segunda-feira, 20 de setembro de 2010

JULIO CORTÁZAR - RAYUELA

«Julio Cortázar, escritor e intelectual argentino, é considerado um dos autores mais inovadores e originais do seu tempo. Mestre no conto e na narrativa curta, a sua obra é apenas comparável a nomes como os de Edgar Allan Poe, Tchékhov ou Horge Luís Borges. Com o romance Rayuela inaugurou uma nova forma de fazer literatura na América Latina, rompendo com o modelo clássico mediante uma narrativa que escapa à linearidade temporal e onde os personagens adquirem uma autonomia e uma profundidade psicológica raramente vistas.»
(Badana do livro)


O amor turbulento de Oliveira e da «Maga», os amigos do Clube da Serpente, as caminhadas por Paris em busca do Céu e do Inferno, têm o seu outro lado na aventura simétrica de Oliveira, Talita e Traveler, numa Buenos Aires refém da memória.


A publicação de «O jogo do mundo» (Rayuela) em 1963 foi uma verdadeira revolução no romance mundial: pela primeira vez, um escritor levava até às últimas consequências a vontade de transgredir a ordem tradicional de uma história e a linguagem usada para a contar. O resultado é este livro único, cheio de humor, de risco e de uma originalidade sem precedentes.


Considerado o romance que melhor retrata as inquietudes e melhor resume o Século XX na visão latino-americana do mundo, desde a sua publicação, gerações de escritores são, de uma maneira ou de outra, devedoras de «O jogo do mundo».
 
Cavalo de Ferro
Um pequeno mas muito pequeno excerto para te aguçar o apetite para este livro que contém um itinerário de leitura, ou como lhe chama o tradutor "uma tábua de orientação"que prova que este livro é muitos livros embora o próprio autor precise que ele é essencialmente dois: o primeiro livro acaba no capítulo 56 e, segundo a sua opinião, quem o ler até aí, não se arrependerá nem sentirá sequer remorsos; o segundo livro pode ler-se a partir do capítulo 72 e basta seguir-se a ordem indicada no final de cada capítulo. Que pena não ter tempo para transcrever a linda lista com a apresentação dos números da sequência dos capítulos deste 2º livro...que esquematiza a sua leitura e a torna mágica como, de resto, o Jogo da Macaca da nossa infância. Cá está o excerto, linda amiga, e até amanhã:


«Enfim, não é fácil falar da Maga, que por esta hora anda seguramente por Belleville ou por Pantin a investigar o chão em detalhe até encontrar um pedaço de tecido vermelho. Se não o encontrar vai continuar assim toda a noite, procurará nos caixotes do lixo, os olhos vítreos, convencida de que algo de horrível lhe vai acontecer se não encontrar essa peça de resgate, o sinal do perdão ou do adiamento. Sei o que isso é porque também obedeço a esses sinais, também há alturas em que me toca a mim encontrar pano vermelho.  Desde a infância que assim que algo se me escapa para o chão tenho que apanhar esse objecto, seja ele qual for, porque se não o fizer vai acontecer uma desgraça, não a mim, mas a alguém que eu amo e cujo nome começa pela inicial do objecto caído. » 

3 comentários:

Leitoras SOS disse...

amiguinha....
esta noite estamos sintonizadíssimas... encontrei aquela bela pintura e decidi legendá-la com um poema do David mas está diifíl encontrar o poema certo!
E entretanto deparo-me com um post teu sobre o cortazár!!!! Gostei daquio que li! Parace-me ser um livro de leitura obrigatória sobretudo porque retrata, pelo que percebi, e reflecte sobre os comportamento do século XX. Adorei amiguinha... fico ansiosa por poder ler este romance!
Obrigada pelo tanto que me dás a conhecer!!!!

Leitoras SOS disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Leitoras SOS disse...

doçura

e a pintura que eu coloquei no meu post anterior ao teu??? Já viste bem??? Tem tudo a ver com o cenário da Maga e de Oliveira do romance de Cortazar:PARIS!!!!!!!!!!!!!
Adoro-te amiguiñha... parece que estávamos a imaginar o mesmo romance! Sob os céus da capital mais romantica do mundo!!!

Ainda tenho mais vontade de ler o livro!!!!!!!!!!

Muitos beijos minha amiga tão linda