à noite
chegam ecos de paz
a garganta adormecida
a língua quieta
um sono encantador solidifica
as veias
as flores dão cheiro
ao corpo
a guardiã da noite está sentada
e sorridente
sinto o eco de mãos batendo
em satisfação,
as mãos e o tempo
anunciando
a entrada no templo.
à noite
um sangue coagulador invade
as veias
as flores morrem
sobre o corpo
a garganta arrefecida
a língua quieta.
à noite
chegam ecos de passos
que não pisámos
o outro lado dos olhos
uma nova pele.
1 comentário:
amiguinha
todas as palavrinhas ditas por ondjaki parecem magia para os nossos sentidos....
a poesia dele é de uma simplicidade tão grande mas de uma beleza e intensidade raras...
obrigada por este poema que também sou eu....
ès magnífica minha amiga
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