domingo, 28 de novembro de 2010

Regressar é sempre um encontro
da minha ausência comigo mesma
agora cheia de todos os caminhos
pisados por rostos sérios que vi
passarem em todos os sentidos
junto de casas, árvores e outros abrigos


É unir esse longe de que venho 
com o perto ainda meu
estático indiferente mas espelho
horas certas de palavras deitadas
nessa vida que aí acordou


Rever-me nessa paisagem de antes
agora com o corpo todo fora dela
reticente quanto à hora de pousar
para sempre o que trago
sobre o que não foi comigo
nessa viagem para o longe de mim.


Linda amiga, regressar da cidade-luz não é fácil. Ofereço-te o meu poema do regresso como uma sinfonia que te aplaudisse à chegada, cheia de saudades.

1 comentário:

Anabela disse...

Amiguinha doce
Sinto-me desajeitada... por nao conseguir articular um pensamento sequer... olho a imagem e vejo-me a mim própria... sim, sou eu aquela que parte sem destino, com mala de cartao mas vazia porque apenas leva sonhos... sim sou eu aquela que volta as costas ao mundo e segue por um caminho que nao leva a lado algum... um caminho que se perde na memoria dos tempo mas sem fim...
as viagens sao fugas de mim... as viagens sao o escape possivel de fugir a esta rotina doentia com a qual nao me identifico! é a procuro do meu EU...
Amiga linda... o teu poema deixou-me muito sensibilizada... e revejo-me aqui...sinto-me nua... sim SOU EU!
Adoro-te amiguinha... estou mesmo muito emocionada! vou querer falar mais contigo, mas nao aqui!
Beijos.... do tamanho daquele caminho sem fim!