quarta-feira, 26 de agosto de 2009

O NÚMERO DE DEUS


Este livro foi-me sugerido pelo Zé Alexandre e emprestado pela Manuela. É um romance histórico, género que muito aprecio pois é desta forma que vou assimilando a História que pouco aprendi (confesso) na escola. Acho que esta forma de aprender história é muito mais aliciante porque a contextualiza e a coloca numa dimensão humana surpreendente! Nos romances os cavaleiros amam, têm doenças, têm um dia-a-dia rotineiro apesar das façanhas que se vão narrando. Assim acontece neste livro.
Não é certamente o livro mais emocionante deste género que já li mas a narrativa prende o leitor. Passa-se durante a construção das catedrais góticas e a forma como eram erguidas! A par da história da jovem Teresa, retrata o ambiente da pintura mural , da fabricação dos vitrais, no fundo da arte/ciência/técnica. Mas também na importância de se possuir uma alma elevada. Gostei particularmente de ter aprendido aspectos curiosíssimos sobre a vida dos cátaros e o modo como a mulher em pleno século XV era vista (de forma tao ou mais audaz que no nosso século), o modo como se conseguiam obter as cores usando determinados pigmentos, a importância da luz! E aqui vagueio pela minha física! A luz, sempre a luz! O que é? O que encerra a luz? Como é constituída?
Um verdadeiro mistério pois dizer que a luz aprensenta comportamento ondulatório e corpuscular não esclarece o mistério! Tanta pergunta...
Apesar da história de amor ser monótona, vale a pena ler.

1 comentário:

Leitoras SOS disse...

Ana Bela Ana,

concordo contigo. A história torna-se mais ligeira e apetecível quando a insuflamos com sonho.Mas é também muito perigoso pensar que a literatura pode ensinar história, principalmente em romances produzidos no nosso século... Alguns transgridem a História de tal forma, que necessitamos de a estudar de trás para a frente (concordo contigo que a minha história escolar deixou-me quase leiga)para compreendermos essas transgressões da verdade (Lobo Antunes e Saramago são peritos nisso!). Gostei de sentir mais uma vez a tua paixão pela luz.´Tu também és uma luz, minha amiguinha.