quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Mar de Outono e Paz

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Hoje sinto o vento lá fora e para além da dita paz que me assola, pressinto o cheiro do Outono. O Outono chega dissimulado, mágico e com ele um aroma único, indescritível... Para mim, e desde sempre, a estação mais bela do ano...
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OUTONO
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Quem me dera ser Outono num poema
Ser a folha que cai suavemente...
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Quem me dera ser a chama da fogueira
Ou a cor amarelada de um poente!

Quem me dera ser a folha da figueira
Ou o ramo onde Judas se enforcou...

Ser o sonho, a ilusão que se quedou
Ser a chama total... omnisciente!

Oh! Quem me dera ser o fumo qu´esvoaça,
Ser a ave que ruma a novos sonhos.

Ser dos abismos a estética e a graça
Ou nos cumes a cor rubra dos medronhos!

Quem me dera ser aquilo que não sou:
O Outono... a tristeza... a lânguida Primavera....

O mar encapelado tétrico e medonho...
Ou então simplesmente a sombra do teu sonho!
(manuscrito oferecido e que esvoaça comigo desde 1991)

1 comentário:

Leitoras SOS disse...

Quando abri o nosso blogue foi como se o quadro, de súbito, me derrubasse com o vento que de lá me acenava em cores de Outono. Frio em simultâneo. Mas um abrigo para esta minha alma sedenta de pureza absoluta. Deu-me cor Ana Bela Ana, trouxe-me a paz das gélidas montanhas, que beijou, de amarelo intenso, o meu sorriso nesta noite em que faço anos. Obrigada por tantas prendas que me trazes pela noite dentro, amiga.