domingo, 25 de outubro de 2009

"As Três Vidas" de João Tordo - Vencedor do Prémio José Saramago

A apreciar a qualidade literária e originalidade dos livros dos anteriores autores vencedores do prémio José Saramago, é caso para dizer que todos aqueles cuja felicidade passa pelo encontro com a verdadeira literatura devem colocar este livro na lista de compras urgentes. Eu ainda não o comprei, ainda não o li, mas desconfio que quando o fizer vou ficar inevitavelmente mais feliz... Gonçalo M. Tavares com o romance "Jerusalém" (um verdadeiro colosso da literatura portuguesa e mundial!) Adriana Lisboa com "Sinfonia em Branco (cuja capa da 1ª edição da Temas e Debates mostra "Mulheres correndo na praia" de Picasso, que eu e a Anabela tanto gostamos), José Luís Peixoto com "Nenhum Olhar" (olhando profundamente para o real) ou Valter Hugo Mãe (a quem gostei muito de ouvir na Escritaria por ter visto confirmadas a sua inteligência narrativa e emocional) com "O remorso de Baltasar Serapião" foram promovidos com este mesmo prémio e, é verdade, que o mereciam muito. Muito mesmo.

Aqui fica a capa d' As Três Vidas", bastante apelativa e a apontar para o risco em que a vida se torna, quando tentamos desfrutar dela ao máximo e para a cidade pós-moderna como um bom segredo a desvendar... (será que erro muito nesta "leviana" análise paratextual???). Seja como for, ao autor, para já, bato palmas pelo título convivcente e curioso que arranjou para a sua mais recente produção.

Deixo notícias deste novo autor:

"João Tordo nasceu em Lisboa em 1975 num ambiente artístico. É filho do cantor Fernando Tordo e de Isabel Branco, ligada ao cinema e mais tarde à moda. Formou-se em Filosofia pela Universidade Nova de Lisboa, tendo trabalhado algum tempo como jornalista freelancer (O Independente, Sábado, Jornal de Letras, ELLE e a revista Egoísta) antes de seguir para Londres para fazer um mestrado em Jornalismo. A paragem seguinte foi Nova Iorque, para fazer o curso de escrita criativa do City College. Foi nesta época que escreveu o livro «Os Homens sem Luz» (2004). Em 2007 publicou "Hotel Memória e em 2008 escreveu, em parceria, o guião para a longa-metragem «Amália, a Voz do Povo». Foi vencedor, em 2001, do prémio Jovens Criadores.
Instituído pela Fundação Círculo de Leitores com o apoio do Instituto Português do Livro e das Bibliotecas - Ministério da Cultura, o galardão celebra a atribuição do Prémio Nobel da Literatura de 1998 ao escritor José Saramago. Com periodicidade bienal, o prémio tem um valor pecuniário de 25 mil euros e visa «promover a divulgação da cultura e do património literário em língua portuguesa, através do estímulo à criação e dedicação à escrita de jovens autores no domínio da ficção, romance ou novela em língua portuguesa, por escritores com idade até 35 anos». As edições anteriores do prémio contemplaram Paulo José Miranda (1999 - "Natureza Morta"), José Luís Peixoto (2001 - "Nenhum Olhar"), Adriana Lisboa (2003 - "Sinfonia em Branco"), Gonçalo M. Tavares (2005 - "Jerusalém") e Valter Hugo Mãe (2007 - "O remorso de Baltasar Serapião"). O prémio foi atribuído por um júri presidido por Guilhermina Gomes (em representação da Fundação Círculo de Leitores) e composto por Ana Paula Tavares, Nélida Piñon, Pilar del Rio e Vasco Graça Moura.


in TSF

2 comentários:

Anabela disse...

doce Pat
concordo contigo, o titulo ee´´ apelativo e sugestiona o leitor ...
Dos leitores que enumeraste apenas li o Gonçalo M Tavares , e comecei precisamente pelo Jerusalem. E que obra grandiosa! Tal como ja te disse, tambem eu fiquei fa do sr Tavares... Esse livro perseguiu-me durante uns tempos e agora acontece-mne querer ler tudo dele...
Espero que Joao Tordo seja igualmente viciante
Beijos
anabela

Anabela disse...

(como deves ter reparado o 2ºparagrafo deveria ter começado: "Dos escritores que enumeraste..." e nao leitores)